terça-feira, julho 25, 2006

Um português, um corumbaense, um carioca….e uma Francesa!

Mais um fim-de-semana passado e as saudades da família e amigos de Portugal começam a surgir. O trabalho do estágio ajuda a passar a maior parte do tempo, mas quando o telemóvel toca e oiço alguém de Portugal, volto sempre atrás no tempo. Como um colega do contacto perguntava, sempre no final das palestras aos oradores convidados, além do bacalhau, do café é da família que começo a sentir algumas saudades. Em Setembro irei sair de São Paulo com destino a Vitória, em serviço não sei por quanto tempo, deixarei então mais uma vez a minha família do contacto aqui de São Paulo, mas irei conhecer assim mais uma cidade deste maravilhoso país que me acolheu. Estou ansioso porque pelo que me falam de vitória, vou adorar imenso. E além disso vou ter praia pertinho de onde vou ficar. Por enquanto o ritmo de trabalho e como se fosse trabalhador da EFACEC Brasil e não um simples estagiário. Por isso estou imensamente grato pelo estágio que me calhou. Os dias passam e histórias começam a ser tantas que não sei se vou conseguir contar todas aos meus familiares e amigos, escrevo quando posso no blog, e vou adicionando no meu portátil em ficheiros algumas delas. Tenho saído à noite com uns colegas de trabalho, e quase que todas as noites vira anedota pelo que acontece. Vou apenas mencionar esta pois tem alguma graça, e envolve um elenco de luxo. Um português, um corumbaense, e um carioca vão numa balada para ver o que sorte destina nessa noite. Eis que o corumbaense a dada altura da noite, convida uma bela moça para dançar, na maior das delicadezas ao que ela o olha com ar fosse superior e diz que não lhe apetece, tudo bem, não fosse ela depois dançar com outro. Eis que quando ela volta fica bem perto de nós, e eu viro-me somente para o meu colega e falo bem alto para todos ouvirem:”-Estás a ver Aluísio, eu disse que a Ana não sabia dançar.” Ai ela percebeu o que eu disse e voltou-se para mim, e disse: “-Tou a ouvindo o que você tá dizendo”. E eu devolvo um simples:”-Desculpa?”. Ela repete, e eu respondo :”-Eu disse que a Ana não sabe dançar, tu és a Ana?”. Ela só me disse que não entendeu porra nenhuma do que tinha acabado de dizer, normal acontecer comigo, ela volta enfim à vida dela, e fica quieta, mas eis que surge o carioca a meio da coisa, e eu volto a dizer para o Aluísio: “-A Ana não sabe dançar”. Aí o carioca percebe que estávamos a falar com uma moça e mete conversa com ela, e fica ainda uns minutos na conversa. Quando se despede dela, contou-nos o que foi a conversa. “-Porra…Eu virei para ela e perguntei: -Uée Ana tu não sabe dançar ???? “
Ela respondeu:”Ana, qual Ana eu sou a Marília”
Carioca: “A sim, desculpa tu é amiga do Bruno???”
Ela respondeu:”Bruno, qual Bruno?”
Carioca: “Ahhh eu queria dizer do Aluísio”
Ela respondeu: “Quem é o Aluíso? Carta”
Carioca: “Marília eu sou o Fábio e tu tá fazendo aqui?”
Ela respondeu: “Eu estou com meus amigos!”

Isto foi o que o carioca contou da conversa, e que referiu no fim que não podia ser brasileira pois a brasileira tinha aceitado dançar no mínimo. É engraçado o carioca ter tido a atitude brava de tentar ‘pegar’ a moça, mas se há mulheres que vale a pena batalhar, ali não me acredito que tivesse sorte. No final da história era uma estudante francesa que estava a estudar no Brasil à um tempo, e o que posso dizer é que não devia saber dançar. O mal entendido da noite deu para rir um bom bocado durante o caminho de casa.

Aqui no Brasil, a propósito tem alguns mitos que os Brasileiros me perguntam muita vez:
1º As mulheres portuguesas, têm bigode?
2º Os franceses tomam banho?
3º Se o bacalhau tem cabeça? LoL

A resposta aos três mitos, é NÃO!